sexta-feira, 9 de abril de 2010

O Arrebatador Cinema da Índia

A imagem do cinema indiano no Ocidente esteve associada, por um longo período, à figura de Satyajit Ray (1921-1992) e, nas últimos décadas, aos filmes produzidos por “Bollywood” (o B vem de Bombay, cidade que desde 1995 passou a chamar-se oficialmente Mumbaim, e único centro produtor de cinema no mundo a superar Hollywood, ente outros quesitos, em número de produções/ano).

O país contra com três grandes centros produtores – Mumbaim, Calcutá e Madras –, que lançam, anualmente, uma média de quase mil filmes. A maioria é falada em Hindi, mas há uma considerável produção em Tamil, Telugu e em Malayalam, e algumas dezenas de títulos falados em Bengali, Kannada, Gurajati e em Marathi. Quase todos os 21 idiomas/dialetos falados no país são contemplados com a produção de ao menos um filme por ano.

Cerca de trinta milhões de indianos vão ao cinema diariamente (aproximadamente 3% da população do país) e, em 2005, 94% das receitas de bilheteria disseram respeito à produção nacional. Além de hegemônico internamente, o cinema indiano tem mercado cativo no sudeste asiático, no Oriente Médio e em boa parte da África. Durante décadas objeto de culto restrito às comunidades indianas no exterior, vive hoje um processo de popularização no Ocidente – fenômeno que mereceu uma extensa reportagem no diário francês
Le Monde em agosto último.

A presença marcante da cultura popular indiana – milenar ou contemporânea -, combinada ao volume de produção, gera um cinema extremamente rico em sua diversidade, com uma forte tradição em termos de documentário, duas grandes escolas ficcionais, características regionais distintas e crescente experimentalismo. Vale a pena conhecer melhor essa filmografia vibrante, que envolve o espectador, seja através do apelo popular produzido pela mistura de gêneros, canções e cores de sua produção
mainstream, pela sinceridade e agudeza dos
seus filmes de “temática social”, ou pelo rigor e personalidade de seu “cinema de autor”.

Um comentário:

  1. Marina, fica difícil fazer correção e tecer comentários em cima de algo já publicado. Olha, para a revista de vocês, aconselho uma pesquisa mais bem cuidada e com uma linguagem mais compatível com o universo em que vivem.

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